Comissão de Frente
A denominação Comissão de Frente apareceu no Rio de Janeiro, nos desfiles carnavalescos das Grandes Sociedades - final do século XIX, quando rapazes montados a cavalo, trajando casacas e chapéus, desfilavam na frente dos carros alegóricos, e retribuíam com reverências o aplauso do público. Em São Paulo, fontes alegam que essa ala nasceu da necessidade de proteger os componentes das agressões policiais, quando as Entidades Carnavalescas convidavam profissionais influentes da comunidade (advogados, médicos, comerciantes etc.) para virem à frente nos desfiles .

Desde os anos 80, a Comissão de Frente passou a apresentar um espetáculo à parte dentro do próprio espetáculo, quando a tradição cedeu lugar à criação, e os integrantes da ala passaram a representar a parte inicial do enredo de suas agremiações. Tal alteração fez aparecer no universo do carnaval a figura do profissional de artes cênicas chamado coreógrafo, ou em alguns casos, do diretor teatral.

Atualmente a Comissão de Frente é o primeiro pelotão humano, a pé ou sobre rodas, a adentrar na avenida, segundo o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. É a menor ala dentro de uma Escola de Samba, perfazendo um mínimo de seis e máximo de 15 integrantes, cuja apresentação vale trinta pontos para a agremiação. A ala tem por funções: apresentar a escola e saudar o público, seus integrantes podem se apresentar vestidos a rigor (forma tradicional) ou dentro da proposta do enredo.